Avril Lavigne, de seu nome de baptismo Avril Ramona Lavigne, nasceu a 27 de Setembro de 1984, na cidade de Napanee do Condado de Ontário, no Canadá. Esta endiabrada rapariga cedo demonstrou os seus dotes de cantora, quando com a idade de 2 anos já cantarolava alguns cânticos de igreja, dado os seus pais serem uns devotos fervorosos.
Apesar da ideia geral, Avril não teve uma infância perturbada, mas algo conservadora. Foi uma infância com uma certa normalidade e não sendo a postura algo rígida e super-protectora dos pais, dir-se-ia que seria perfeita. Mas será que isso existe?

De qualquer modo, foi com a idade de 14 anos que Avril ganhou um concurso para cantar ao lado da sua famosa conterrânea Shania Twain. Surgiu ao lado da veterana para cantar ‘What made you say that’ no concerto de Ottawa.

Mas se houve um momento que se pense fulcral para o seu lançamento, foi quando ela foi “encontrada” pelo seu primeiro agente profissional, Cliff Fabri, numa livraria em Kingston, Ontário. Estava a cantar umas covers de umas músicas country. Cliff diria que: “Quando a vi pela primeira vez, gostei da sua voz, e da aparência, claro. Mas foi a Atitude! Atitude!!”.
Daí, numa interpretação no Lennox Community Theatre, Avril foi notada pelo cantor folk Steve Medd que a convidou de imediato para cantar com ele no seu novo álbum “Touch the Sky”, uma das músicas do álbum ‘Quinte Spirit’ como back vocal.

Mas foi Cliff que conseguiu leva-la a Nova Iorque para ser vista por Ken Krongard, um representante da Arista Records, uma editora de potencial dos EUA. Ken ficou tão agradado com a sua recente descoberta que convidou o seu director António ‘L.A.’ Reid para a ouvir por uns momentos no estúdio do produtor Peter Zizzo em Manhattan. O director da editora ficou tão impressionado com a performance de Avril a cantar umas baladas de country apenas com o seu violão, que quis assinar um contracto com ela ali mesmo.
Apesar da felicidade de estar a conseguir os seus objectivos, mal Avril tinha ideia de quem era realmente o poderoso L.A Reid nem o que aquele contracto significaria para ela no futuro.

Assim, saiu definitivamente de Ontário para seguir a sua carreira que se revelava promissora. Com um contracto assinado na mão, Avril tinha tudo para vencer.

Durante alguns meses tentou trabalhar com alguns produtores recomendados por L.A. Reid, mas não estava a sair nada em concreto. Então, uma equipa de produtores de Los Angeles, conhecidos como The Matrix, trabalhou com ela tentando conceber o seu primeiro disco. Mas ainda não estava a resultar. Quando lhe perguntaram o que se estava a passar, Avril disse: “Tenho dezasseis anos, eu quero Rock”.
Foi uma surpresa porque pensavam que sairia algo na linha do estilo de música que a tinha levado ali, como folk ou country, na onda de uma Faith Hill ou Shania Twain. Mas Avril queria algo bem diferente. E para mais, queria ser ela a conceber as músicas. Nada de cantar músicas de outros autores.

Entre todos estes processos, o seu empresário deixou de ser Cliff para passar a ser Terry McBride da Nettwerk Firm. E assim saiu o primeiro álbum da que viria a ser a Princesa Punk dos nossos dias.
O seu primeiro álbum ‘Let Go’ que foi uma imposição da própria cantora, quando as sugestões indicavam ‘Anything but Ordinary’, saiu finalmente nos postos de venda a 2 de Junho de 2002. Poucos dias depois o seu videoclip ‘Complicated’ já saía na MTV.

E assim nascia uma estrela.

Esse seu primeiro álbum chegou a nº2 nos EUA e nº1 na Austrália, Canadá e Reino Unido. Chegou a quebrar o recorde da cantora feminina mais jovem a conseguir o primeiro lugar nas tabelas do Reino Unido. Logo após o primeiro mês já era multi-platina em vários locais.
Vendeu um total de 14 Milhões de Cópias em todo o mundo. Foi o álbum com mais vendas de uma artista solo e de estreia em 2002.

Desse álbum saíram 4 singles com mais impacto. Seriam eles ‘Complicated’, ‘Sk8ter Boi’, ‘I’m with You’ e ‘Losing Grip’. Lavigne foi eleita ‘A Melhor Nova Artista do Ano’ nos MTV Vídeo Music Awards em 2002 e ganhou 4 Juno Awards em 2003 (de seis nomeações), mais um World Music Award por ser a ‘Cantora Canadiana com mais vendas’, sendo nomeada para oito Grammy Awards, incluindo ‘Canção do Ano’ com Complicated e ‘Melhor Nova Artista’.

Já em 2003 e já com a sua tour em andamento, existem rumores da Avril ter um caso com Jesse Colburn, onde apesar de o negarem, vários paparazzi apanharam-nos em situações algo ‘quentes’ para serem simples amigos.

Ainda nesse ano, surgiu a hipótese de editar um DVD com um espectáculo da sua tour ‘Try to Shut Me Up’. O espectáculo escolhido foi gravado em Buffalo e contou com 380 Mil Pessoas.

Não podia deixar em claro uma situação algo caricata e intensa, quando na Alemanha, Avril chorou perante um público de 90.000 pessoas e confessou à audiência que a sua mãe lhe tinha comunicado 2 horas antes do espectáculo, que o seu avô tinha morrido. Verdadeira e sincera tem sido a sua imagem de marca. E isso granjeou-lhe um círculo de fãs bastante fiel e uma posição de ídolo perante a adolescência.

O segundo álbum da cantora canadiana, ‘Under My Skin’ foi lançado em Maio de 2004 e foi de imediato o nº1 de vendas na maior parte dos Países no mundo inteiro. Apenas nos EUA vendeu mais de 380.000 cópias na primeira semana, enquanto vendia um total de 3 Milhões em todo o mundo. Este álbum foi todo desenvolvido pela Avril, assim como com a participação em algumas das músicas com Chantal Kreviazuk, Ben Moody (ex-Evanescence), Butch Walker (dos Marvellous 3) e Evan Taubenfeld. Por curiosidade, o marido da Chantal, Raine Maida (membro dos Our Lady Peace) foi o co-produtor do álbum, em parceria com Butch Walker e Don Gilmore.

Foi nessa altura de divulgação do novo trabalho que Avril tatuou uma estrela, o que viria a ser a marca registada da cantora, no pulso esquerdo. Como o single ‘Don’t Tell Me’ saiu em formato virtual antes do álbum ser lançado já era um sucesso considerável, quando saiu o álbum foi uma correria às discográficas. No primeiro mês de lançamento foi álbum de platina no Japão.

Em Junho desse ano, já a jovem era apanhada com o que viria a ser seu marido Deryck Whibley. Mas ainda negava qualquer envolvimento com o vocalista dos Sum 41.

Já a começar 2005, a cantora lança o seu videoclip ‘He Wasn’t’. Obviamente, foi um sucesso completo e explodiu a procura desse videoclip por toda a Internet. Mas ainda lhe restava mais uma boa crítica. Desta vez de Alanis Morrissete que cantou com ela no American Express Concert cujas receitas revertiam para a fundação VH1. A cantora dizia que havia mais talento em Avril do que se denotava naquela presença algo infantil que a caracteriza.

O seu sucesso na Ásia é evidente e consegue suplantar cantoras consagradas como Britney Spears, Norah Jones, Kylie Minogue e Alicia Keys, ao ganhar o prémio de ‘Melhor Artista Feminina’ nos MTV Ásia Awards.

Mas dissabores na sua vida de ascensão estavam na calha. Avril confiou na decadente Paris Hilton (ex-namorada de Deryck Whibley) que alegadamente se encarregou de expor a sua agenda telefónica num site. Artistas altamente conhecidos mundialmente ficaram com os seus contactos expostos na Internet e nada podiam fazer. É nessa altura que Avril começa a ser considerada uma das 7 mulheres mais belas do mundo pela revista Terroizer. E fala-se já em Playboy, mas logo saem desmentidos referindo que a cantora não se presta a essas exibições.
Foi ainda a 5ª artista que vendeu mais discos em todo o mundo nesse ano. Cerca de 5 Milhões de Cópias. Impressionante!!

Mas Lavigne não pára e tem ainda muito para dar. Já é considerada uma das mulheres mais sexys do rock e as boas notícias continuam a chegar. Finalmente o namoro da canadiana com Deryck é oficializado e confirmam que estão noivos. Isto depois de terem sido apanhados mais uma vez em Veneza, Itália. Isso vale-lhes o título de Casal Famoso ‘Mais Fofo’ do Ano de 2005 na entrega dos prémios Seventeen Annual Entertainment Awards.
E envereda pela carreira de Modelo. Sim, ela é contratada pela agência Ford de Nova Iorque e faz alguns trabalhos que lhe valem o respeito pela sua capacidade e beleza. Mas não é apenas como modelo e cantora que se destaca. As portas do cinema também se abrem para a jovem artista. O filme ‘The Flock’ tem a participação de Lavigne num papel mais modesto, mas as críticas têm sido boas. Já tem dado voz para vários filmes de animação e parece que tem um certo gosto por esta arte. Já confessou que gostaria de continuar a representar, se lhe fosse dada a oportunidade.

É então que a 15 de Junho, Avril e Deryck finalmente se casam. E passa a chamar-se oficialmente Avril Lavigne Whibley.

Mas ela gosta de surpreender ainda mais os seus fãs e agora surgiu irreverente, com uma nova imagem, de mulher mais sexy, travessa e onde até consegue ter coreografias. Ou seja, para alguns fãs, ela os traiu e converteu-se naquele tipo de cantoras que ela criticava. Tornou-se mais uma. Mas Avril nunca foi apenas mais uma.